Parece coisa rara, escassa, virou preciosidade por ser tão valioso quanto difícil de achar: um tempo para orar.
Antes era bem cedo, mas hoje se acorda tarde ou acorda-se com pressa. Alguns relatos falavam de “longas horas de manhã”, mas hoje se resume em poucos minutos ao longo do dia. Havia um certo rigor com o lugar, o bloco de notas e a Bíblia que não podia faltar, tudo foi substituído por um celular, que funciona da mesma forma, só que vem acompanhado de muitas mensagens e notificações que saltam da tela e nos distraem na “conversa com o Pai”.
Sempre me chamou a atenção a insistência de Jesus sobre o tema, creio que seja por ver esta falta de hoje na vida daqueles, e não apenas os despertava para o tema como mostrava como fazê-lo.
Fazer certo é outro ponto, pois tempo gasto em palavras vazias de uma alma vazia de pouco adianta. Orações são medidas pela profundidade e pela autenticidade, não pelo comprimento ou por palavras difíceis. Simplicidade, humildade, compaixão e disposição em obedecer são imprescindíveis.
Mas Deus sempre nos dá oportunidades para estar com Ele, pode ser num culto dominical, num acordar da noite (se Deus te levantar de noite, trate de falar com Ele), num momento de absoluta paz ou no vale da sombra da morte, quando temos pouco tempo ou diante de horas, as possibilidades que Deus nos reserva de estar com Ele são tantas no dia, como se ele nos envie uma mensagem: “Preciso falar-lhe, com urgência.” Mas a grande maioria ignora ou se distrai e não percebe que o tempo mais importante do dia é simplesmente um tempo para orar.
Pr. Rubens da C. Monteiro