(Sobre o Salmo 126)
Não era para ter ido, mas aconteceu. Se foi para longe da terra amada, da casa dos pais, da vizinhança conhecida e dos amigos. Não foi apenas uma coisa, mas uma sucessão de pequenos eventos, e alguns grandes, que o levaram para longe.
Sair foi muito difícil, o mundo em si é cruel e deu duras lições, inesperadas e surpreendentes. Enquanto saia pensava no que tinha acontecido para chegar naquele ponto.
Foi assim que o Povo de Deus se sentiu quando foi tirado da Terra Prometida. Passaram-se 70 anos e agora era hora da volta.
70 anos é muito tempo e muita coisa mudou. O mundo, a família, a vida cotidiana. A cultura mudou, a língua também, e a idade chegou. Alguns foram bem moços, agora já não são mais. Alguns já se foram, outros nasceram e nem conheceram a boa terra de Israel. Outros se acostumaram com o novo mundo e o novo jeito de viver. Outros, ainda e infelizmente, se esqueceram de Deus. Há tanta coisa para pensar, refletir e mesmo decidir. A volta podia acontecer, mas será que vão querer?
O chamado de Deus é maior. A missão de um povo é histórica e tem história. A Terra Prometida continua lá e o Messias em breve virá. Então é hora de voltar.
Decisão tomada, acertos feitos, pé na estrada, consciente da bênção de Deus, pois é o Senhor que conduz tudo e todos. Certo de que a Jornada será longa e dura. Que o retorno exigirá esforço e muita dedicação. Convicto de que para colher é preciso plantar e na semeadura terão muitas lágrimas.
Mas voltar para onde Deus quer que estejamos é algo único e real. Todos os que voltaram virão isso, testemunharam a mão de Deus e todos podiam constatar que “grandes coisas fez o Senhor e por isso estavam alegres”.
Pr. Rubens da C. Monteiro